terça-feira, 30 de julho de 2013

Douradense conta as experiências durante a semana na 'Jornada'


Alguns dos participantes de Dourados na JMJ - Foto: Camila Farias
Eduarda Rosa

“Puro sofrimento para alguns, que dizem não participar mais de uma Jornada, e felicidade para outros que já esperam a próxima em Cracóvia – Polônia, essa pode ser a definição de como foi a JMJ 2013”, resumiu a peregrina douradense". Camila Farias.

Dos dias 22 a 28 de julho diversos ônibus com peregrinos saíram de Dourados rumo ao Rio de Janeiro para a participação na JMJ (Jornada Mundial da Juventude), que teve a participação do papa Francisco. Durante esses dias o Dourados News teve como correspondente a estudante universitária, Camila Farias Santana, de 22 anos, que narrou diversos acontecimentos durante a estada no Rio de Janeiro.
O grupo que fazia parte tinha 50 douradenses e três venezuelanos, eles saíram de Dourados no domingo (21) e desembarcaram no município ontem (29), às 18h, com muitas histórias para contar.
Mesmo cansados, eles cantavam e rezavam no metrô - Foto: Camila Farias
Camila enfatizou que o evento foi “maravilhoso”, mas as dificuldades cotidianas fizeram com que o grupo ficasse unido e aprendesse a dar valor às pequenas coisas. “Teve situações que tivemos que enfrentar 2h na fila do banheiro químico e quando chegávamos lá ele estava em estado crítico, para tomar banho também eram duas horas na fila. Para chegar ao alojamento eram 3h, chegávamos de madrugada e tínhamos que tomar banho gelado, dormir no colchonete”, contou.
 
Eles conseguiram ver o papa Francisco de perto nos primeiros dias - Foto: Camila Farias
“Na JMJ aprendemos a dar valor às coisas simples, ao chuveiro quente, a pia para escovar os dentes. Também a ajudar o outro, pois todo mundo estava muito limitado, muito cansado então foram momentos de superação, pois quando um queria desistir, o outro, mesmo cansado, dizia ‘eu levo sua mochila, enquanto você descansa um pouco”, lembrou Camila.
“Foi uma grande aventura e valeu a pena, ninguém se arrependeu”, disse a estudante que ressaltou que no evento faltou organização por parte dos voluntários, principalmente, para dar informações. Eles tinham que perguntar para pelo menos três pessoas para ter certeza do local, pois um dia se perderam no Rio de Janeiro por conta de uma informação errada.
“Foi um evento com 3,5 milhões de pessoas, então esperávamos que pudesse acontecer problemas deste tipo. Ficamos desinformados da maioria das coisas que estavam acontecendo, apesar doscelulares, não tínhamos acesso a TVs e, raramente, a internet, então não sabíamos os lugares onde o papa estava visitando”, contou Camila.
Noite de vigília em Copacabana - Foto: Camila Farias
Durante a jornada os douradenses também presenciaram protestos, “o pessoal ficou com medo, foi uma correria para tentar sair do local e chegar no metrô. Mas na parte da segurança estava muito bom – muitos policiais e até o exército estava nas ruas”, disse a estudante.
Apesar das demoras em filas, do frio, da chuva e da falta de estrutura, os jovens não desanimaram. “Era festa no metro, no trem, jovens cansados mais felizes, mas não tinha só jovens peregrinos não, tinha gente de todas as idades, e ainda aqueles que não estavam na jornada, mas que passavam mensagens de apoio e eram solidários”.
O alojamento dos douradenses ficava em um bairro chamado Paciência, a 70 km de Copacabana, onde eram era realizados os atos centrais. Nos primeiros dias conseguiam fazer esse trajeto em 2h30, já nos demais gastavam até 3h30.
“Chegávamos ao alojamento em torno de 1h às 3h da madrugada e às 5h30 já estávamos de pé, para o banho e a espera da entrega dos kit de café da manhã, às 8h oração e as 8h30 nos dirigíamos para Copacabana”, lembrou a peregrina.
Jovens rezando - Foto: Camila Farias
O dia mais desgastante para eles foi o dia da peregrinação para vigília, na qual anteriormente seria realizada no Campus Fidei /Guaratiba, mas devido a chuva foi transferido para Copacabana. Eles saíram em direção a Copacabana às 08h30 até a estação de Trem, Central do Brasil, onde a partir daí fizeram uma caminhada de 9 km.
“Quando chegamos à praia o papa já estava chegando. Normalmente ficávamos no posto 4 da polícia, neste dia ficamos no posto 15 e lá já não tinha mais telão para podermos acompanhar. Conseguimos um lugar para dormir no final da praia, quando amanheceu às 5h fomos para mais perto, onde havia telão”, falou Camila.
Essa foi a primeira jornada mundial que Camila Farias participou e finaliza contando o que vai levar para a vida: “Foi o chamado de Deus que reuniu jovens do mundo inteiro, na cidade maravilhosa, e cada momento vivido nos deixou uma lição. Agora somos missionários evangelizadores, pois como disse o Santo Papa, ‘jovem evangeliza jovem’, e agora mais do que antes, temos que levar o amor de Deus àqueles jovens que ainda não conhecem e que possam um dia ter a graça de viver uma JMJ”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Debutante, cadela ganha bolo e foto em homenagem aos 15 anos de cãopanheirismo

Princesa vestida como tal, cachorra teve bolo e velinha no aniversário de 15 anos. (Foto: Eduarda Rosa) Paula Maciulevicius Um dia...