sexta-feira, 12 de julho de 2013

Acidentes com vítimas fatais e envolvendo animais gera alerta aos motoristas


Acidente causou a morte de um policial militar em Maracaju - Fotos: Robertinho/Maracaju Speed
Eduarda Rosa

Acidentes envolvendo animais vem se tornando comuns nas rodovias de Mato Grosso do Sul e fizeram vítimas fatais, como uma jovem que estava grávida de sete meses, na região de Batayporã, e um policial militar, em Maracaju.
Em ambos os casos, eles foram causados na tentativa de desviar de animais silvestres, o que acabou fazendo com que o condutor perdesse o controle de direção e saísse da pista e/ou capotasse.

De acordo com o comandante do pelotão da PMA (Polícia Militar Ambiental) de Dourados, Major Carlos Magno da Silva, visualmente os casos de acidentes com animais aumentaram no Estado, contudo não é possível quantificá-los, pois o órgão não tem esses dados específicos.
Ele ressalta que é justamente para evitar esses acidentes que a velocidade máxima em alguns trechos é de 100 ou 80 km por hora. “As medidas para reduzir os acidentes são: diminuir a velocidade dosveículos e construir de ‘passadores’ para os animais silvestres (que podem ser aéreos ou por baixo do solo)”.
 
Policiais encontraram uma onça- parda atropelada, no dia 08/07, na Rodovia que liga Figueirão a Alcinópolis. Ela estava ferida à margem da pista com as patas lesionadas e foi recolhida, socorrida e encaminhada imediatamente para o Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande.
A alta velocidade e o susto do momento fazem com que tanto o condutor quanto animal não tenham reação ou tenham uma reação perigosa, “quando o farol bate no olho do animal ele se assusta e fica paralisado; e a maioria dos condutores se assustam e acabam desviando, o que faz com que capotem o veículo. Mas quando conseguir avistar de longe é melhor reduzir a velocidade e manter a calma”, explicou o comandante.
Contudo se não foi possível evitar o acidente e o animal ficar ferido ou morto é necessário avisar algum órgão oficial – PRF (Polícia Rodoviária Federal), PMA (Polícia Militar Ambiental), PRE (Polícia Rodoviária Estadual), Corpo de Bombeiros, dentre outros.
“A legislação proíbe que um particular tenha animais silvestres, mesmo empalhados, pois isso induz a caça. Se o animal morreu tem que informar, quando é em decorrência de acidente a legislação não penaliza”, disse o comandante da PMA.
No batalhão da Polícia Ambiental de Dourados existem 140 animais empalhados. Estes tiveram suas carcaças recolhidas pelos policiais e servem para orientações de educação ambiental. A maioria são quatis, macacos e jacarés, mas também antas e onças.

Vítimas fatais

Caso I - A jovem, Maria Alice Silvestre, de 27 anos, morreu no dia 30/04, vítima de um acidente ocorrido na MS-276, na região de Batayporã, quando viajava com a família em um veículo Land Rover Defender, com placas de Dourados, que capotou após um animal atravessar a pista. Ela estava grávida de sete meses.
Segundo o Boletim de Ocorrência, eles voltavam de Assis –SP quando uma anta cruzou a pista. Para evitar o atropelamento, o condutor desviou do animal, mas acabou perdendo o controle do veículo que capotou e caiu em uma ribanceira.
Caso II - O policial militar Ronaldo André de Quadros, 34, morreu no dia 11/06, a caminho do hospital, após um acidente de trânsito envolvendo a viatura em que a equipe realizava o patrulhamento na BR-267, próximo ao cemitério de Maracaju.
Em depoimento, o motorista disse que o acidente ocorreu enquanto seguia para o distrito de Vista Alegre e após a tentativa em desviar de um preá na pista, acabou perdendo o controle de direção Quadros teria caído da viatura no momento do capotamento e não resistiu aos ferimentos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Debutante, cadela ganha bolo e foto em homenagem aos 15 anos de cãopanheirismo

Princesa vestida como tal, cachorra teve bolo e velinha no aniversário de 15 anos. (Foto: Eduarda Rosa) Paula Maciulevicius Um dia...