segunda-feira, 26 de março de 2012

Síndrome de Down: mais que especiais!



Nilza com sua mãe, Carminda. - Foto: Eduarda Rosa
Eduarda Rosa 
Olhos puxados, nariz pequeno e um pouco "achatado", pescoço curto e grosso, rosto redondo, baixa estatura, mãos pequenas com dedos curtos, essas são algumas das características de uma pessoa com Síndrome de Down. E nada melhor do que o Dia Internacional da Síndrome de Down, que é hoje, 21 de março, para saber um pouco mais sobre o assunto.
Segundo a Psicopedagoga e Especialista em Educação Especial, Luciane Sperafico, “a Síndrome de Down não é uma doença, mas um acidente genético, que ocorre durante a divisão celular do embrião, portanto não tem cura, e sua ocorrência é de 1:600 nascidos vivos, e é mais frequente conforme aumenta a idade materna”, explica a especialista.

Nilza Fernandes da Silva, hoje com 46 anos, nasceu com Down. Sua mãe, Carminda Fernandes da Silva, de 89 anos, conta que quando Nilza nasceu, os médicos não identificavam o que ela tinha, “disseram que ela ia morrer, pois ela só dormia, ficava praticamente em estado vegetativo, foi um médico recém formado Dr. Fandi, que conseguiu identificar o que ela tinha e a tratar por 11 anos”, lembra a mãe de Nilza.
Nilza foi para a escola regular com seus irmãos, porém como os professores não eram capacitados, muitas vezes ela foi maltratada porque não tinham paciência com ela. Hoje a realidade é diferente, os professores que lidam com o Down são especializados em Educação Especial, e tanto em uma escola especial como regular os professores devem estar capacitados. “A criança deve ser inserida em uma sala de aula comum, e receber atendimento especializado, com adaptações de conteúdos respeitando suas limitações”, esclarece a Psicopedagoga Luciane Sperafico.
Para o desenvolvimento da criança é necessário acompanhamentos periódicos com pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos e fisioterapeutas. A APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) de Dourados desenvolve esse trabalho com 40 alunos com síndrome de Down. “Realizamos o trabalho de acordo com cada criança, aqui são aplicados os programas educacionais, ela é atendida e quanto mais cedo é estimulada, maior será a evolução”, explica a Diretora da APAE de Dourados, Elizabethe Wirgues.
Elizabethe lembra que a APAE ensina a criança na educação infantil, no ensino fundamental e oferece cursos de iniciação profissional, “eles fazem as oficinas de acordo com suas aptidões e a partir de 15 anos são encaminhada para o mercado de trabalho”, conta a Diretora.
Existem muitos mitos a respeito de pessoas que nascem com Síndrome de Down, porém Carminda, mãe de Nilza, diz: “apesar de todas as dificuldades no passado, hoje ela é uma companheira para mim, me ajuda nas atividades da casa, é espontânea, falante, caprichosa, alegre, carinhosa com as pessoas e comigo”.

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