quarta-feira, 1 de maio de 2013

Após aposentadoria, idosos trabalham na informalidade para complementar renda

João Alves de Almeida - foto: Eduarda Rosa
Eduarda Rosa
Na data comemorativa ao Dia do Trabalho, o Dourados News  procurou ‘figuras carimbadas’ no município para saber um pouco da história de cada e encontrou na calçada da Praça Antônio João, região central do município, três trabalhadores acostumados a adoçar o dia de quem passa pelo local. O vendedor de picolés, João Alves de Almeida, de 78 anos, e os “Reis da Cocada” Celso Neves, de 78, e Isabel Machado, 67.

Apesar de já terem trabalhado muitos anos em outras áreas não conseguem viver apenas com o dinheiro da aposentadoria e por isso tiveram que arrumar outro jeito de conseguir uma renda extra.
Seo  João, como é chamado, trabalha há onze anos como picolezeiro, antes era produtor rural, “trabalhei na roça desde os sete anos, mas como era muito ruim no sítio, era arrendado, mudamos para a cidade”, contou.
Ele não aguenta ficar parado e aproveita para tirar uma renda extra, “eu gosto de trabalhar, não aguento ficar em casa, gosto de andar, encontrar e falar com as pessoas. Tiro aqui de R$ 20 a R$ 40 por dia, ajuda muito em casa!”, disse o atencioso João.
Celso Neves - Foto: Eduarda Rosa
O casal do carrinho do “Rei da Cocada”, Celso e Isabel, também tiveram que trabalhar muito durante a vida para criar os 11 filhos, “trabalhei com muitas coisas... carroceiro, charreteiro, caminhoneiro e há ‘só’ 30 anos faço doces para vender”, brinca o mestre cuca.
Foi à necessidade que o ensinou a produzir suas gostosuras, “daqui tiramos dinheiro para comprar remédios e pagar as contas de água e luz”. Ele faz pipocas doces e salgadas, cocadas, pés-de-moleque e quebra-queixos.
Nestas três décadas eles já viram muitas coisas e também fizeram clientes fiéis, “já vimos muitos acidentes, principalmente, com motos, é muito perigoso! Mas temos vários clientes até de Caarapó e Nova Alvorada do Sul, inclusive já veio até rapaz que comprou bastantes doces e disse que iria mandar para um parente no Japão”, contou dona Isabel, que não quis aparecer na foto.

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