Museu: fonte de histórias

Por Eduarda Rosa

Gincana para formar o museu

         Fotografias, utensílios domésticos, televisões, computadores e até um projetor de filmes dos anos 50, esses são alguns dos objetos existentes no acervo do Museu Histórico de Dourados.

O museu teve origem em 19 de dezembro de 1977, incentivado por uma gincana que mobilizou a cidade. O senhor Ilson Venâncio, participou da primeira equipe da Fundação de Cultura e Esporte de Dourados (FUNCED), que movimentou a formação do museu. “Começamos pela memória fotográfica, e a partir das histórias das primeiras famílias foi se catalogando a história do município, depois conseguimos resgatar os objetos”, conta Venâncio.

fotos dos pioneiros da cidade

Ilson Venâncio ainda lembra que os museus são de extrema importância para sociedade, pois é o que sobra de uma civilização. Ele se lembra da importância dos museus na Ditadura Militar “os museus e as bibliotecas eram uma válvula de escape, para você preservar e discutir alguma coisa, principalmente os que tinham cinemateca e discoteca, acervos interessantes em que você tinha acesso à informação, e as músicas dos artistas que tinham sido expulsos do país”.

Porém muitas pessoas não têm acessos a museus ou nem sabem que eles existem em sua cidade. Helena Fernandes de Oliveira nunca foi ao museu de Dourados, porém gosta de história e acha o museu muito importante, “é a lembrança de nossas origens, é o que sobrou do passado, das pessoas que viveram”.

cédulas e moedas antigas

Helena disse que irá visitar o museu o mais breve possível, e se unirá a média de 300 pessoas que o visitam por mês. “O público é bem variado, principalmente de universitários e escolas”, conta a atendente Cleide Devecchi.

O museu tem mais de 4400 objetos catalogados, entre fotografias, livros e discos, que foram doados pelas famílias mais antigas da cidade.

Ele está cheio de histórias interessantes, lá contêm fotos de diversos acontecimentos importantes do município, além da vida cotidiana das pessoas. Contém salas com objetos de imagem e som, como: toca disco, televisão dos anos 50, vitrolas, gramofones, aparelho de rádio amador, câmeras fotográficas de diversas épocas; acervo de objetos indígenas, caça e montaria, objetos utilitários, além de máquinas de costura e roupas antigas; máquinas de escrever, computadores dos anos 80, caixas registradoras, máquinas de calcular, cédulas, moedas e documentos antigos; objetos de marcenaria;  “Sala dos prefeitos”; e um acervo dentário e médico.

utensílios dométicos

Além disso, o museu disponibiliza aos pesquisadores livros sobre a história de Dourados, documentos antigos, jornais e revistas.

Faça uma visita:

Endereço: Rua João Rosa Góes, 395, Centro.

Horário de funcionamento: 2ª feira - 12hs às 17hs; 3ª a 6ª feira – 7h30 às 17hs e aos Sábados – 7h30 às 12h.

Curiosidades

O objeto mais antigo é um livro o ‘Missal Romano’, que foi utilizado na Igreja da Vila São Pedro. Ele está escrito em latim e é datado de 1862 – século XIX.

 

O mais inusitado é um despertador cor de rosa, de tamanho bem maior que os convencionais.

             

Já o mais procurado é a “Salva de Prata”, concedida ao povo dourandense por um Coronel estadunidense. Pois em 1952, em plena guerra do Paraguai, um avião dos EUA que ia pousar em Ponta Porã, teve problemas técnicos sob Dourados, e a população se mobilizou para iluminar a pista, para que o avião pousasse em segurança, evitando um acidente.