Crianças curiosas para saber mais sobre o violino
Aprender brincando com música é muito mais divertido. E um grupo da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) tem utilizado o recurso da musicalização, unida à contação de histórias e brincadeiras, no ensino de crianças de séries iniciais de um projeto do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) do curso de Pedagogia, de Dourados.
A musicalização contribui para a aprendizagem infantil, seja no desenvolvimento motor, da audição, do domínio rítmico, de habilidades, do equilíbrio, da autoestima, o autoconhecimento, a expressão, a formulação de hipóteses e a elaboração de conceitos. Também proporciona a percepção dos sons e do silêncio. Somado a isso, a apreciação de música impulsiona a capacidade de observação. São muitos os benefícios, por isso a música faz parte do documento Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (RCNEIS) brasileiro.
E a grande maioria das crianças gosta de música. De acordo com a acadêmica do curso de Pedagogia, Adriana Pizatto, em experiências na Escola Municipal Avani Cargnelutti Fehlauer foi possível perceber o quanto elas interagiam e gostavam da brincadeira com música.
Nas aulas, as acadêmicas Natália da Silva Oliveira e Adriana Pizatto, desenvolveram vários tipos de atividades misturando contação de histórias e música. Uma atividade marcante, segundo Adriana, foi a relacionada ao projeto O Pedro e o Lobo, especificamente com o desenho das personagens representados por um instrumento musical. “Com a atividade favorecemos às crianças os conhecimentos de diferentes instrumentos musicais, timbres e ampliação do repertório. Para isso, contamos com a participação da musicista Danieli da casa Cultura, da UEMS. Ela tocou seu violino para as crianças e com isso proporcionou-lhes a apreciação e informações acerca do instrumento”, disse.
Ao contarem a história “A Nuvenzinha Triste” as acadêmicas, Denise Yukari, Adrieli Bairro e Adriana, também ficaram surpresas com a reação das crianças, que espontaneamente, ao termino da história, se colocaram de pé e começaram a dançar as músicas que fazem parte do enredo. “Isso não estava no nosso planejamento. Não imaginávamos que elas fossem interagir de tal forma com as músicas e nem que haveria necessidade de propiciar-lhes tal momento. Cada uma criou seu próprio modo de dançar, algumas fizeram duplas, pois, para elas assim seria o modo correto de dançar tal ritmo”, descreveram.
Outro projeto que encantou as crianças foi o musical “O Casamento da Bruxa Onilda”, desenvolvido pela universitária, Mirlene Dalio Ribeiro, que proporcionou às crianças o diálogo da música com gêneros textuais diversos. “O Musical contribuiu para a ampliação do repertório cultural das crianças, e para nós, futuras professoras, foi uma grande experiência. No fim da peça ficou um ‘gostinho de quero mais’. Um menino olhou para a narradora e até perguntou se já havia acabado mesmo”, relatou a acadêmica, Denise Yukari Iiyama.
Há cerca de cinco anos, o Pibid do curso de Pedagogia, de Dourados, vem fazendo diversas outras atividades, por exemplo, em 2014, uma sequência didática realizada pela acadêmica, Maria Aparecida Duarte Alegre, favoreceu a inclusão de uma criança com surdez. E ainda, o projeto de Natália da Silva Oliveira buscou resgatar brincadeiras tradicionais.
Além do Pibid, nas creches de Dourados, são trabalhadas contações de histórias musicadas, exploração de instrumentos e ritmos, através de brincadeiras. Nesse contexto, meninos e meninas de zero a quatro anos de idade exploram instrumentos musicais, apreciam músicas clássicas, parlendas e música popular brasileira.
“As crianças recebem a proposta de forma prazerosa. Percebo que elas ficam surpresas e gostam quando apresentamos músicas clássicas e MPBs, por exemplo. Gostam das descobertas dos ritmos, acompanham com o corpo, sentem prazer em ouvir músicas lentas e, principalmente, se sentem capazes quando recebem instrumentos e percebem que conseguem acompanhar a atividade proposta”, contou Adriana.
Para a professora responsável pelos projetos, Giana Amaral Yamin, o pedagogo deve explorar a linguem musical na Educação Infantil, "toda a experiência do Curso de Pedagogia da UEMS revela, e indica, que o Pedagogo pode (e deve) explorar a linguagem musical na Educação Infantil, uma tarefa que exige estudos teóricos aliados à prática", ressaltou.
Confira mais ideias no Blog do Projeto (clique aqui).
Produzido pelo Projeto Mídia e Ciência UEMS/Fundect
Publicado originalmente em: http://www.uems.br/noticias/detalhes/projeto-da-uems-usa-brincadeiras-com-musicas-no-ensino-de-criancas-151614
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