terça-feira, 15 de dezembro de 2015

“Desafio da UEMS é solidificar programas de pós-graduação”, diz pró-reitora


O ano de 2015 deu continuidade a um período de importantes conquistas que a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) teve na área da pesquisa e pós-graduação. A instituição aumentou o número de programas de cursos stricto sensu (mestrados e doutorados) em 350%, desempenho coroado com a melhor classificação na categoria pesquisa entre as universidades estaduais do Centro-Oeste, segundo o Ranking Folha de Universidades.
Já no início de 2015 a UEMS dava início ao segundo curso doutorado, em Agronomia, na Unidade de Aquidauana. A Universidade que já tinha conquistado o primeiro doutorado próprio entre as demais estaduais do Centro Oeste, avançou e foi também a primeira instituição a conquistar um segundo doutorado.

E a conquista não acomodou a Instituição que, para 2016 aguarda a avaliação de outra proposta de programa de doutorado em Agronomia na Unidade de Cassilândia.
Para a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação (Propp), Luciana Ferreira da Silva, o principal desafio neste momento é trabalhar com qualidade para consolidar os programas  existentes, com uma política de incentivo para pesquisa e pós-graduação e com gestão de recursos humanos. “Para isto já começamos a trabalhar num processo de informatização de todas as ações desta Pró-reitoria.  Também implantaremos um programa de qualidade total para os programas de pós-graduação stricto sensu e regulação da política de pós-graduação Lato Sensu”, destacou. 
Perfil da pró-reitora
Luciana assumiu a PROPP da UEMS, nesta nova gestão. Ela é a professora doutora e faz parte da Universidade desde 1998, neste período já atuou em vários cursos em diferentes Unidades da Instituição, coordenou cursos de especialização e participou de comissões de reformulação e formulação de cursos. Na PROPP já atuou em três períodos: em 1999, 2006 e de 2013 a 2015.
Confira a entrevista com a pró-reitora e conheça o cenário da Pós-Graduação e Pesquisa na UEMS, os desafios e perspectivas para os próximos anos:

O que a pesquisa e pós-graduação representam para a Universidade?
É um dos tripés fundamentais, pois uma Universidade não se sustenta sem ensino, extensão e pesquisa. A pesquisa e a pós-graduação representam inovação, tem a função de mostrar para a sociedade o que a Universidade faz, produzir conhecimento, inovar, transformar para formar pessoal capacitado. Com a quantidade de cursos que a UEMS tem, conseguimos também a qualificação da sociedade, pois temos o papel de formar e capacitar recursos humanos de alta qualidade.

A Universidade tem passado por um processo de verticalização?
Sim, no início a maioria dos cursos era para formação de professores, conseguimos em 2009 aprovar o primeiro mestrado e hoje já são 16 programas stricto sensu. Primeiramente foi necessário, por uma questão de regulamentação, para que a Universidade não retrocedesse para o status de faculdade o que implicaria inúmeras restrições. E segundo, porque tinha uma indução de grupos de pesquisa, com colegas professores doutores que vieram do Brasil inteiro com outras formações, então o ambiente foi propicio para o início da pesquisa propriamente dita. E por meio de programas de doutorados interinstitucionais muitos se capacitaram e qualificados conseguiram estruturar muitos dos programas de mestrado e doutorado que temos hoje.
Quantos cursos stricto sensu a UEMS tem hoje?
A UEMS 14 mestrados e dois doutorados (Agronomia, em Aquidauana, e Recursos Naturais, em Dourados), sendo que os programas de pós-graduação stricto sensu cresceram mais 250% em quatro anos, passando de 6 para 16, em 7 unidades Universitárias.
E especializações Lato Sensu?
Temos 10 cursos de especialização Lato Sensu em diversas áreas do conhecimento, com 444 matriculados atendendo a vários municípios que contam com as unidades universitárias.
A UEMS está firmando uma parceria com o Governo do Estado para formação de servidores, como funcionará isto?
 O governo quer capacitar os servidores estaduais, para isto pediu um pacote de especializações no nível de Lato Sensu para formação para Bombeiros, Sisfron (Sistema de Monitoramento de Fronteiras), policiais e professores. A capacitação para os professores deve iniciar já em fevereiro de 2016, pois as discussões já estão bem adiantadas com a SED (Secretaria de Estado de Educação). 
Há perspectiva de abertura de novos cursos?
Sim, um novo doutorado já está sendo avaliado pela Capes e podem ser abertos mais três cursos lato sensu e mais dois stricto-sensu.
A UEMS tem convênio com quais países para alunos de mestrado e doutorado?
Com universidades do México, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Haiti, Portugal e Togo.
Qual a importância para os alunos poderem ir para outros países?
É fundamental, além da questão de formação de pessoas, conhecer outro país, uma cultura diferente, se relacionar com pessoas diferentes, aprender outra língua é uma questão de formação, conhecer uma biblioteca de ponta, ter acesso a algumas bases de dados, trocas, intercâmbio, relações profissionais, tudo isto “abre a cabeça” do estudante. O aluno tem a oportunidade de conhecer a pesquisa de outra maneira, conhecem laboratórios, métodos e instrumentos diferentes, ou seja, outras possibilidades de fazer a pesquisa.
Existe a expectativa de melhorar ainda mais a Pós-Graduação?
Sim, existe a perspectiva de implantação do programa de qualidade total para os programas de pós-graduação, além da consolidação os cursos de mestrado e abertura de novos cursos de doutorados.
Na Pesquisa, quantos grupos de pesquisadores a UEMS tem?
Pensando que a pesquisa reforça a pós-graduação, a Universidade tem 95 grupos de pesquisa, divididos em oito áreas do conhecimento, com 259 bolsistas de iniciação científica.
Tem parcerias com agências de fomento?
Sim, com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect/Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Algum destaque especial na área de pesquisa?
Sim, a UEMS teve a melhor pontuação na área de Pesquisa na avaliação do Ranking Universitário Folha 2015 (RUF), entre as universidades estaduais do Centro-Oeste. No quesito Pesquisa, o Ranking tem várias exigências e na maioria delas a UEMS teve a melhor nota: total de publicações, total de citações, citações de artigo, publicação por docente, citações por docente, publicações em revistas nacionais e bolsista CNPq.
Novidades para 2016?
Sim, já foi aprovado no último Couni (Conselho Universitário) a resolução que regulamenta os Centros de Pesquisa que serão implantados já no início de 2016.
Como estes Centros funcionarão?
Eles serão centros temáticos agregados por linhas de pesquisas dos professores e vão ter autonomia para desenvolver as pesquisas, será garantido em orçamento anual repasse para a manutenção básica deles. Os centros funcionarão nos grupos de pesquisas das unidades que cumprirem os critérios previstos na resolução.
Quais são os principais desafios para os próximos anos?
Os desafios são trabalhar com qualidade para consolidar os programas que já abrimos, com uma política de incentivo para pesquisa e pós-graduação e com gestão de recursos humanos. Para isto já começamos a trabalhar num processo de informatização de todas as ações desta Pró-reitoria.  Também implantaremos um programa de qualidade total para os programas de pós-graduação stricto sensu e regulação da política de pós-graduação Lato Sensu. 

Por: Eduarda Rosa (Mídia e Ciência UEMS/Fundect)

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