sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

'Anistia' cobra proteção a índios acampados na BR-463


Secretário geral da Anistia Internacional, Salil Shetty, quando esteve em Dourados em agosto - Foto: Eliel Oliveira/Diário MS
Eduarda Rosa

Os indígenas Guarani-Kaiowá da comunidade Apika’y, que está acampada desde de 1999 à beira da rodovia BR-463, entre Dourados e Ponta Porã, foi uma das seis causas escolhidas pela Anistia Internacional para participar da maratona de cartas, que serão enviadas para o Ministro da Justiça para que o governo se posicione sobre o assunto.
maratona de cartas é para pedir que as denúncias de ameaças contra os Guarani-Kaiowá sejam investigadas de forma minuciosa e que o governo garanta proteção à comunidade Apika´y. Além da solicitação para que a Funai cumpra o acordo feito em 2007 e complete a demarcação das terras ancestrais dos Guarani-Kaiowá.
Anistia quer que governo brasileiro se posicione quanto a causa Guarani-Kaiowá - Foto: reprodução
De acordo com o professor da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), João Nackle Urt, mestre em Relações Internacionais, a causa Guarani-Kaiowá pela percepção internacional é causa muito grave, “para nós é espantoso, mas basta olhar os últimos relatórios de direitos humanos que foram feitos pela própria Anistia ou ONU em que são abordados o Brasil e a região de Mato Grosso do Sul que retratam a violência e a gravidade em que os povos indígenas estão passando”.
Em agosto o secretário geral da Anistia Internacional, Salil Shetty, e o Diretor Executivo da Anistia Internacional no Brasil, Atila Roque, visitaram a Reserva Indígena de Dourados com o objetivo de ter diálogo direto e conhecimento da situação dos povos indígenas locais.
Após essa visita, a aluna de Relações Internacionais, 6º semestre da UFGD, Carla Vreche, se tornou voluntária e com a ajuda da organização criou um grupo de ativismo em Dourados.
“Somos um grupo de voluntários de 10 pessoas e estamos nos mobilizando para que as pessoas assinem as cartas para que possamos enviar. Essas cartas são uma forma da Anistia fazer pressão nos governos e não importa que seja em outro idioma, o interessante é a quantidade, no ano passado uma autoridade recebeu 15 mil cartas. Com isso a autoridade tem que se posicionar”, disse a aluna.

Maratona de Cartas

A maratona vai de 6 a 16 de dezembro e é o maior evento de Direitos Humanos do mundo, promovido pela Anistia Internacional. É realizado em diversos países, todos os anos, a cada mês de dezembro, por ocasião do Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Além do caso dos indígenas há também outro caso brasileiro que é de Jorge Lazáro, da Bahia.
As outras causas são por: Miriam López, México; Hakan Yaman, Turquia; Yorm Bopha, Camboja; e Ihar Tsikhanyuk, Bielorrúsia.

Como participar?

Escreva para o Ministro da Justiça e peça para que as denúncias de ameaças contra os Guarani-Kaiowá sejam investigadas de forma minuciosa e que o governo garanta proteção à comunidade Apika´y.
Escreva para:
Ministro da Justiça
Exmo. Sr. José Eduardo Martins Cardozo
Esplanada dos Ministérios, Bloco "T", 4º andar – CEP: 70.712-902 - Brasília/DF, BRASIL.
Comece sua carta com: Exmo. Sr. Ministro Tratamento/Saudação: Vossa Excelência
Expresse solidariedade aos Guarani-Kaiowá
Escreva uma mensagem de solidariedade à comunidade e apoie a sua luta.
Escreva para:
Conselho Indigenista Missionário (Cimi)
Cimi Regional Mato Grosso do Sul
Av. Afonso Pena, 1557 – sala 208 Bloco B

Campo Grande – MS – CEP 79.002-070


http://www.douradosnews.com.br/dourados/anistia-cobra-protecao-a-indios-acampados-na-br-463

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