Filipe Coelho é advogado e diretor de operações do Centro Americano de Lei e Justiça (ACLJ) - Foto: Ademir Almeida
Eduarda Rosa
O advogado e diretor de operações do Centro Americano de Lei e Justiça (ACLJ), Filipe Coelho, 34 anos, que defende causas de pastores e missionários cristãos presos em países muçulmanos, afirmou em recente entrevista ao Dourados News, que em países onde o cristianismo é proibido, as bíblias só podem chegar por meio de contrabandistas. Ele esteve no município no mês passado, durante o 'Encontro de Casais'.
Segundo Coelho, as bíblias são pequenas, porque não podem ser vistas, porém no Irã existem quatro canais evangélicos 24h por dia. “Com toda a tecnologia do Irã de guerra, de armas nucleares, como é que eles não conseguem desligar estes quatro canais? Ninguém consegue explicar”, contou.
A maior dificuldade para pregar o evangelho em países muçulmanos é o fato de que as pessoas se convertem a qualquer religião somente até os 15 anos. “Isto acontece no Irã, então quando você faz 15 anos de idade, se torna um adulto e se não tem nenhuma religião, a pessoa é da religião dos pais. A maioria dos pais são muçulmanos, com isso no momento que se converte ao cristianismo, depois dos 15 anos, é condenado a prisão ou pena de morte”, explica.
Saeed está preso no Irã - Foto: Divulgação
Filipe Coelho faz parte do Centro Americano para Lei e Justiça (ACLJ), que defende os direitos humanos e liberdade religiosa. Atualmente eles lutam para libertar Pastor Americano Saeed Abedini, um cidadão dos EUA, que foi condenado no Irã a pena de prisão de oito anos.
“Nossa área forte hoje são os países mulçumanos como Irã, alguns países na África, a gente tem vários pastores lá que estão presos por causa do evangelho. Isto é um crime contra os direitos humanos, nem atendimento médico eles têm e a maioria é presa, condenados a pena de morte, enforcamento, facada, tiros, ácido no corpo são vários tipos de execução que eles fazem”.
Para a libertação de Saeed, há uma campanha nas redes sociais #SaveSaeed e a organização já teve apoio do presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, que já pediu a liberação dele duas vezes e agora estão tentando com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“O Lula que criou um relacionamento com o Irã, então vários países criticaram o país na época, mas estes países hoje pedem ajuda ao Brasil por causa desse relacionamento que o Lula criou com o Irã”, disse.
No ano passado o grupo libertou o Pr. Youcef Nadarkhani, que estava preso há três anos e tinha sido condenado a pena de morte por enforcamento. “Fizemos um movimento no Brasil, atingimos mais de 2 milhões e 800 mil pessoas diárias e aí ele foi liberto, isto tudo graças a Deus e ao povo brasileiro que se movimentou em favor do pastor”, disse o advogado.
Os Estados Unidos é a sede do Centro Americano para Lei e Justiça, em Washington na capital dos EUA, e também há escritórios no México, Tenesi, Virgínia Beach, Estados Unidos, Brasil, Rússia, França, Coréia do Sul e África.
“A ideia é que cada escritório pegue uma área onde eles são influentes, no Brasil são os países muçulmanos. O escritório brasileiro tem dois anos e meio, nós conseguimos libertar o Youcef Nadarkhani. Também ajudamos na libertação do missionário José Edilson da Silva, que é um brasileiro que foi preso no Senegal , ele foi liberto da prisão, mas ainda está preso no país desde 25 de dezembro de 2012, estamos tentando trazer ele de volta para o Brasil”.
Douradenses aderem a campanha pela libertação do pastor americano - Foto: Ademir Almeida
http://www.douradosnews.com.br/dourados/advogado-que-defende-pastores-presos-em-paises-muculmanos-diz-que-biblias-sao-enviadas-como-contrabando
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