Eduarda Rosa
Rimar é uma arte que requer leitura, um extenso vocabulário e criatividade, ainda mais se for de improviso. É isto que a acontece na “Rima de Quinta”, que ocorre todas as todas as quintas-feiras, há quatro meses, em Dourados, e a cada novo encontro reúne mais pessoas.
No último encontro participaram 50 pessoas entre adeptos e espectadores, a temática é o rap, contudo os frequentadores também “puxam” reggae, raggamuffin, funk, rock hardcore, samba e funk.
As batalhas têm temas livres, mas também são temáticas, alguns exemplos são maioridade penal e política. Mas antes das disputam os organizadores propõem dinâmicas, como forma de aquecimento. “As dinâmicas consistem em músicas através do corpo e rimas de palavras; e na hora da batalha o desafiante tem o tempo de 16 batidas para fazer suas composições”, explicou Fernando.
Alef Oliveira é um dos rimadores e a participação no grupo o ajudou a enxergar o mundo de uma forma diferente, “gerou dentro de mim uma vontade de querer busca conhecimento, de poder passar uma mensagem positiva através da musica (rap) me ajudou também a deixar a vergonha de falar entre pessoas, ele me trouxe pontos positivos, e fez com que os pontos negativos deixasse o meu dia a dia”.
O projeto é itinerante e por não ter um local fixo a proposta inicial acabou ‘fugindo’, “as Rimas de Quinta são mais descontraídas – não são tão coordenadas como eram no início com poucas pessoas, agora são mais rimadores. Por isso pretendemos formar os alunos mais dedicados em coordenadores, para ter um maior domínio do grupo, para as dinâmicas serem executadas”, disse Fernando.
Fernando Rodrigues Pinto é conhecido como Senkapuz, pois faz alusão aos protestos e heróis encapuzados, “eu, de face descoberta, tenho o objetivo de difundir a cultura hip hop, afro-brasileira e indígena”, ressalta.
Os locais dos encontros são marcados via Facebook ou no local do último evento.
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