Proposta de reurbanização para a Avenida Marcelino Pires
Eduarda Rosa
A proposta, segundo o arquiteto, é a reurbanização do centro para que a parte antiga não seja desvalorizada na área comercial e imobiliária. “É uma proposta de ligação entre os centros, para garantir a sobrevivência dos dois. Para isso teria que ser aplicada uma cultura de intervenção profunda, para acontecer a mudança”, disse.
Formação de novo centro provocou mudanças no trânsito - Foto: Eduarda Rosa
As duas Avenidas, Weimar Torres e Joaquim Teixeira Alves são, na proposta, as recebedoras (ponto inicial e final) de todo um sistema cicloviário, assim como a faixa exclusiva de ônibus na Avenida Marcelino Pires será a recebedora e distribuidora do sistema de transporte coletivo.
O arquiteto informou que o projeto é de conhecimento da prefeitura e as mudanças que têm sido feitas no trânsito são soluções temporárias, “o que precisa ser feito é uma reformulação geral”, enfatizou.
Mas, de acordo com o diretor-presidente da Agetran (Agência Transporte e Trânsito), Walter Hora, o projeto não foi apresentado oficialmente na administração municipal, “tenho conhecimento do projeto, contudo durante o período em que estou na Agetran esse projeto não foi apresentado oficialmente”.
Proposta
A proposta visa redimensionar o sistema viário e reurbanizar, a principio, a área compreendida entre às Avenidas Weimar Torres, Marcelino Pires e Joaquim Teixeira Alves, entre as Ruas João Rosa Góes e Mato Grosso.
A Marcelino Pires, eixo central, seria dotada de faixa exclusiva para ônibus (metrô de superfície), de dois sentidos, localizada no centro da avenida, separada das vias laterais de mão dupla, uma de cada lado da faixa do transporte coletivo (2 vias pistas de rolamento e uma de estacionamento) por canteiros, gramados e arborizados.
Todo o traçado da avenida será sinuoso de tal forma a permitir calçadões e canteiros de larguras variáveis, assim como o surgimento na faixa exclusiva para ônibus de canteiros centrais que abrigarão as Estações de Embarque e Desembarque de passageiros de pisos elevados, ou seja, na mesma altura do piso dos ônibus, incorporando assim toda uma tratativa de acessibilidade, desembaraçando as calçadas laterais dos incômodos “pontos de ônibus”.
O projeto, traz consigo a desativação do terminal de transbordo, que seria substituído pelas estações de embarque e desembarque, com função de transbordo, ao longo da Marcelino Pires, e com isso a consequente liberação rua Onofre Pereira de Matos, importante via da malha urbana central, hoje obstruída pela atual Estação.
As avenidas, Weimar Torres e Joaquim Teixeira Alves serão vias de mão única, cada uma num sentido, sendo três pistas de rolamento e uma de estacionamento, redimensionadas em cada via. Somando assim três pistas de rolamento de ida e três de volta, ganhando com isso duas pistas a mais na somatória das duas avenidas, hoje com o atual dimensionamento, duas pistas de rolamento de ida e duas de volta.
Ainda de acordo com o projeto feito pelo urbanista, ambas as avenidas serão dotadas de ciclovias (sentido duplo), incorporando mais uma formulação de transporte individual e de acessibilidade.
As vias teriam traçados sinuosos com calçadões e canteiros centrais gramados, arborizados e por vezes calçados onde abrigarão equipamentos comunitários, como quiosques com postos policiais e de informações.
As avenidas (ruas) transversais, da mesma forma de traçados sinuosos, mão dupla (2 vias pistas de rolamento e uma de estacionamento de cada lado), com canteiros centrais também gramados e arborizados, e nestes casos, todas as vias seriam dotadas de retorno no meio de quadra, entre as Avenidas principais.
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