quinta-feira, 21 de março de 2013

Em média, 40 pessoas vítimas de drogas e álcool são atendidas diariamente em Dourados


Terezinha Inês Bonfim, psicóloga e coordenadora do Caps-Ad - Foto: Eduarda Rosa
Eduarda Rosa

De acordo com o Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil, de 2005, cerca de 5,8 milhões de pessoas no país fazem tratamento contra o alcoolismo. Esse retrato se reflete no Caps-Ad (Centro de Atenção Psicossocial - Álcool e outras Drogas) de Dourados.
A psicóloga e coordenadora do local, Terezinha Inês Bonfim, disse que no local, tratam-se em média 40 pessoas diariamente e o maior número delas é por conta do alcoolismo. “Os pacientes de alcoolismo procuram tratamento mais do que das outras drogas e a faixa etária é de 35 a 60 anos, pois já estão sentindo os efeitos do álcool”, disse.

Além do álcool, ela também ressalta que a maioria dos casos de pacientes que consomem entorpecentes são jovens, porém, quase não procuram tratamento, e boa parte deles também tem problema com alcoolismo. “Hoje em dia a liberdade dos jovens é maior, eles conseguem com mais facilidade as bebidas alcoólicas. Tudo contribui. As festas, os grupos, a mídia, são vários os fatores que levam a essa busca pelo o prazer do álcool que é momentâneo”, falou a coordenadora.
Os pacientes fazem oficinas de música, artesanato, pintura em tela, reciclagem e marcenaria - Foto: Eduarda Rosa
Terezinha destaca também que por ser uma droga lícita é difícil controlar a venda do álcool, “Isso favorece o aumento do consumo, pois, por exemplo, em grupos de adolescentes pode haver um maior de idade que compre a bebida para os outros, então é difícil controlar”.
O CapesAd de Dourados tem uma boa média de êxito, de 25% a 28% - praticamente a média mundial, 28%,- de pacientes que deixaram de usar drogas e ficaram em abstinência por um ano.
O tratamento oferecido é imediato. O paciente é encaminhado para a assistência social, psicológica, clínico geral, terapeuta ocupacional e médico psiquiatra. Juntos, os médicos dão o diagnóstico e determinam qual será o tratamento necessário para cada pessoa. Se for preciso desintoxicação a pessoa é encaminhada para um hospital.
Durante o tratamento eles também aprendem a cuidar da horta e do jardim- Foto: Eduarda Rosa
família também participa do processo, “a família sempre deve estar presente, porque quando tem algum viciado no meio, todos adoecem com ele e precisam de orientações para melhorar os relacionamentos”, afirmou. A coordenadora do local ressalta que o paciente se trata só se ele quiser, “não adianta forçar, porque não há cura se o paciente não quiser ser curado”.
Aqueles que procuram ajuda realizam atividades extras. As oficinas oferecidas aos pacientes em tratamento são de música, artesanato, pintura em tela, reciclagem e marcenaria.

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