Leandra Giovanni Silva - Foto: Eduarda Rosa
Eduarda Rosa
Rufem os tambores.... Respeitável público, o Dourados News tem o prazer de apresentar a história de Leandra Giovanni Silva, 31, que além de fazer acrobacias em argolas e tecidos é mãe, dona de casa e esposa. Ela, seu marido e filho estão no município para apresentações.
Seu marido e filho se apresentando - palhaço Pipoquinha e Lagrimita - Foto: arquivo pessoal
Antes de casar-se Leandra teve a curiosidade de saber como era viver em “terra firme” e morou por cinco anos em Santo André (SP). “Eu gostei muito, estudei e trabalhei. Eu queria ver como era estudar o ano inteiro em uma escola, pois viajamos muito. Cheguei a passar por mais de 24 escolas em um ano”, lembra.
Mesmo gostando de ter uma residência com rua e número, e não apenas uma placa de carro, Leandra não conseguiu viver sem a magia do picadeiro e voltou. “Quando você entra, como é escuro não consegue ver muito, mas o pouco que você vê o sorriso das pessoas, as crianças ficam vidradas no que você está fazendo, então é isso que eu quero, entrar e deixar as pessoas encantadas”, expõe.
Rotina de dona de casa - Foto: Eduarda Rosa
A parte mais difícil de morar em uma residência móvel é ser dona de casa, “a minha rotina é como de toda mulher, cuidar da casa, do meu filhinho, fazer mercado e às 18h tenho que me preparar para o espetáculo, a gente faz algodão doce, então tem que preparar, cuidar da venda e deixar tudo pronto”, relata.
Quando vai ao salão passa constantemente por entrevistas de outras mulheres, querendo saber como é a vida no circo e sempre responde: - Minha casa é o ônibus e para mim é normal, acredito que tenho tudo que vocês têm e talvez mais um pouco. Inclusive uma vez fui a um salão e a menina falou ‘meu marido não quer me deixar comprar uma máquina, eu lavo roupa no tanque’, eu falei ‘tá vendo eu lavo roupa na máquina’ (risos).
Como atleta das alturas tenta não pensar em medo e faz exercícios periodicamente, pois deve ter muita força no braço e abdômen. Mas apesar de ter uma vida saudável teve problemas durante a gravidez e precisou parar de trabalhar no início do segundo mês de gestação.
“Senti muito a falta do palco, tive que fazer repouso por conta de descolamento da placenta, além de que parte da gravidez foi no Uruguai, quase que o meu filho nasce lá, também tive fazer outro pré-natal, porque o do Brasil não valia para eles”, conta.
Mãe coruja, todos os dias tem que parar seu trabalho para ver a apresentação filho e apesar de viver viajando não gosta de viajar. “Como dona de casa prefiro a vida calma, mas em relação à arte só aqui mesmo, é o meu trabalho, eu não me imagino sem ele, afinal quem entra no picadeiro não consegue ficar sem!”, finaliza.
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