Herbie é de propriedade de Paulo Soares de Castro - Foto: Eduarda Rosa
Eduarda Rosa
Inspirado em um besouro, o Fusca, Fusquinha ou Fuscão ganhou o gosto do brasileiro há mais de 50 anos. Por ser um carro barato e econômico o Fusca fez parte da trajetória de várias gerações, seja na hora de aprender a dirigir ou passear com o pai ou avô.
O Brasil foi o terceiro país que mais vendeu Fuscas, cerca de 3 milhões de unidades, ficando atrás apenas da Alemanha, com 6,1 milhões, e Estados Unidos, com 4,9 milhões. Assim virou uma paixão nacional, mesmo não sendo mais fabricado, ele ganhou um dia em sua homenagem – dia 20 de janeiro – Dia Nacional do Fusca.
Em Dourados também há amantes dos “besouros”, que criaram um clube em sua homenagem. Nilton Souza Coelho, um dos organizadores do clube, disse que faz apenas um ano que reuniu alguns amigos e resolveu criar o clube, “foi pelo simples prazer de ter um fusca ou um carro antigo. O perfil das pessoas que tem fusca hoje em dia são as que estão bem estabelecidas profissionalmente e compram por hobby, afinal Fusca é sempre Fusca e nunca perde seu valor”, ressalta.
Os irmãos Reginaldo e Paulo Soares de Castro são amantes do Fusca desde crianças, “meu pai gostava muito de carro e acabou influenciando a gente, eu tenho uma coleção de fuscas em miniatura”, conta Reginaldo.
Mas seu irmão, Paulo, não se contentou em ter apenas um Fusca, mas tem um parecido com Herbie, do filme Meu Fusca Turbinado, de 1994. “Quando o comprei nem pensei nisso, mas depois que vi que era da mesma cor mandei colocar as listras. Queria também o capacete, mas não achava para comprar daí um dia andando pela rua achei jogado perto de uma lixeira, peguei e reformei”, lembra Paulo.
Paulo colocou uma sirene em Herbie para cumprimentar as pessoas, pois quando viaja vários motoristas buzinam e tiram fotos do carro- Foto: Eduarda Rosa
Contatos Clube do Fusca e Carros Antigos de Dourados - CFCAD: Facebook / E-mail: fuscaeantigosdourados@hotmail.com
História
O Fusca não só caiu no gosto dos brasileiros, mas de várias partes do mundo. Contudo sua origem é alemã e teve grande incentivo do ditador Adolf Hitler. Quando ele assumiu o comando se comprometeu com crescimento econômico e geração de empregos, como sempre gostou de carros, decidiu impulsionar a criação de um carro popular para a família.
O carro chegou ao Brasil em 1951, sendo o primeiro a ser construído aqui, em janeiro de 1959. No país foi fabricado de 1959 a 1986, voltando em 1993 a 1996. Durante o primeiro período de fabricação foram várias as alterações, seja na caixa de marcha ou volante, e parou de ser produzido por ser considerado um modelo atrasado, apesar de ter sido muito vendido na época. Quando voltou em 1993, por incentivo do então Presidente da República, Itamar Franco, a fabrica voltou a fazer o modelo e com a lei do carro popular o Fusca e o Chevrolet Chevette L tiveram os impostos diminuídos. Contudo não vendeu o esperado, por conta de outros modelos, Fiat Uno Mille e Chevrolet Corsa, que tinham preços parecidos, porém, com acabamento e equipamentos melhores que os do Fusca.
A última edição foi em 2003, no México. Ao todo, 21.529.464 Fuscas foram fabricados.
Reginaldo Soares de Castro com seu Fusca - Foto: Eduarda Rosa
Nome
A origem do nome Fusca está relacionada com a pronúncia alemã da palavra Volkswagen. O nome da letra V em alemão é "fau" e o W é "vê". Ao abreviar a palavra Volkswagen para VW, os alemães falavam "fauvê".
Logo que o Fusca foi lançado na Alemanha, ficou comum a frase "Isto é um VW" ("Das ist ein VW"). A abreviação alemã "fauvê" logo se transforma em "fulque" e "fulca". "Desde que começaram a circular os primeiros Volkswagens, em 1950. Também apareceu a corruptela da palavra Volkswagen passando pela influência da colônia alemã", explicou Alexander Gromow para o Jornal do Brasil de 7 de agosto de 1993.
"Em Curitiba se fala "fuqui" ou "fuque" e em Porto Alegre é "fuca", acrescentou Gromow. "Mas em São Paulo, talvez por uma questão de fonética, acrescentaram o "S" na palavra e o Volkswagen virou Fusca". (Fonte: casadofusca.com.br)
O formato foi inspirado em um besouro
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