Produzir mais se utilizando do mesmo espaço. Essa é a busca dos pesquisadores e o sonho dos produtores rurais, em especial, na cultura do milho que apresenta alto potencial de produção sendo de grande importância econômica.
Pensando na maior produção do milho safrinha, pesquisadores da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) utilizaram nitrogênio e adubo verde em testes para tornar o solo mais produtivo.
O trabalho intitulado “Influência da cobertura do solo e doses de nitrogênio na cultura do milho safrinha” foi produzido pelos pesquisadores da UEMS, Francisco Torres, Lúcio de Andrade e Leonardo Torres, além de profissionais de outras instituições, entre eles, Luiz de Souza, Fernanda Pedroso, Aline Matoso, Cleiton Benett e Katiane Benett.
Os pesquisadores utilizaram o milho safrinha – que é plantado no Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo, Goiás e Mato Grosso nos meses de janeiro a abril – para testar três formas de adubação verde (ou coberturas do solo) nas plantas leguminosas: mucuna preta, capim camalote e crotalária, além de quatro doses de nitrogênio, com quatro repetições.
"A maioria dos solos brasileiros apresenta teores insuficientes de nitrogênio, contudo este elemento influencia na produtividade de grãos de milho. Por isso a utilização das plantas leguminosas (adubação verde) e a adubação com nitrogênio em cobertura no sistema de plantio direto, além de essenciais para a conservação do solo podem também tornar a terra mais nutritiva para as plantas que serão plantadas depois”, ressaltaram os pesquisadores.
A adubação verde é uma prática promissora e viável. O cultivo de adubos verdes, sobretudo de leguminosas, antecedendo a cultura do milho, tem demonstrado ser uma alternativa promissora na suplementação de nitrogênio para a cultura sucessora.
No experimento, realizado no Núcleo Experimental de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Grande Dourados, a adubação de nitrogênio foi espalhada sobre o solo manualmente, em uma única aplicação utilizando-se a ureia como fonte de nitrogênio. Foram avaliados vários critérios de desenvolvimento da planta, com isso observou-se vários resultados positivos no melhoramento da produtividade.
Em uma área sem adubação foi constatada a produção de 7205 kg de milho por hectare, sendo que, com a inserção da adubação verde tiveram melhores resultados o capim camalote 7331 kg por hectare (1,7% a mais) e a Macuna preta com 7477 kg/ha (3,8% a mais). Contudo o melhor resultado obtido decorreu da inclusão de 120 kg de nitrogênio por hectare: a produção foi de 7688 kg/ha, ou seja, 6,7% maior que a área sem adubação.
Publicado em: http://www.portal.uems.br/noticias/detalhes/pesquisa-da-uems-mostra-que-milho-safrinha-e-mais-produtivo-com-adubo-verde-e-nitrogenio
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