Por: Eduarda Rosa
Idosos aprendem a "navegar na internet"
“Navegar na internet” não é só para
jovens, mas para pessoas de todas as idades. Prova disto é que os internos do
Lar do Idoso de Dourados estão aprendendo a utilizar o computador e as redes
sociais com ajuda dos acadêmicos do curso de enfermagem da UEMS.
Nas tardes das quartas-feiras os
idosos recebem o projeto “Informática como instrumento de inclusão, educação,
saúde e distração: Internos do Lar do Idoso de Dourados navegando nas redes
sociais”, que é realizado por dez acadêmicos bolsistas do Programa de
Assistência Estudantil da UEMS, juntamente com professor do curso de enfermagem
e coordenador do projeto, Arino Sales do Amaral, e o professor da Universidade,
Homero Scalon Filho.
“A intenção do projeto é incluir as
pessoas, não só do ponto de vista do mundo digital, mas também colocá-las em
contato com o mundo externo, diminuir a solidão. Eles estão bastante
empolgados, procuram os parentes nas redes sociais, tiram fotos para criar os
perfis, também buscam as cidades onde moravam para ver como está agora”,
explicam os professores.
O trabalho começou em maio deste ano,
os acadêmicos tiveram a oportunidade de conhecer os idosos e ensinar os
comandos para ligar e desligar o computador, também a entrar nas redes sociais
e sites de busca.
“Um idoso poeta já aprendeu a digitar
e escreveu versos no computador, mas nem todos podem participar, pois não têm
percepção visual ou apresentam outros problemas de saúde. Contudo o nosso
público alvo são os que estão lúcidos, enxergam e têm coordenação motora,
porque eles podem ter uma melhor qualidade de vida”, ressaltou o coordenador,
Arino do Amaral.
O gerente administrativo do Lar do
Idoso, Ronei Farias, disse que no projeto só há pontos positivos, “temos muito
a agradecer a UEMS pela iniciativa, pois para nós foi um avanço que os idosos
possam ter acesso ao mundo digital. Os acadêmicos de enfermagem tratam os
idosos com muito carinho e são esperados com alegria, pois a melhor doação que
recebemos é a de calor humano”.
Os professores responsáveis pelo
projeto destacam que o trabalho é aberto tanto para a comunidade acadêmica como
para a população em geral, “precisamos de mais voluntários, porque é um serviço
muito mais humanitário do que acadêmico. Eles nos tratam como se fossemos
parentes, aguardam o dia marcado com expectativa”.
Os acadêmicos de enfermagem
também dão orientações de saúde aos idosos e visitam nos quartos os que não
podem participar do projeto.
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